25 novembro 2007

Já cheira a Natal, é inevitável....

Fui hoje, finalmente, em busca de um Ken, "porque as barbies precisam de namorar", e enquanto procurava, na enormérrima loja de brinquedos, não vi kens normais. Só príncipes, trajados a rigor, com muitas oferendas para as suas barbies amadas, e nada de gajos normais... Comecei a desesperar e fui dar mais uma volta à espera de encontrar os dragões, grandes, que saem do ovo e se montam... Népias! Lá encontrei uns dragões, mas que a avaliar pelo tamanho da caixa são bem pequeninos... com uma vantagem, têm no interior uma substância pegajosa tipo pegamonstro que o puto vai adorar (espero eu!), além disso são 6 ovos, e se fossem dos grandes eram só 2! Voltei às barbies, e depois de me pôr a pensar que esta história das barbies é uma treta. Princesos, ricos (sem serem construtores civis ou uns grandes parvalhões), giros (sem serem muito convencidos!) e inteligentes (ha, ha, ha, ha...) e ainda comunicativos, há poucos, ou estão mesmo em vias de extinção, parece-me. O ken, único, lá estava escondido entre quinhentas bonecas fashion. Espero que a barbie lhe ache piada, porque se ela não quiser namorar com ele, tamos tramadas!!!!

1 comentário:

xistosa, josé torres disse...

Ainda há "Barbies"?

Os chineses enganam-nos, como os portugueses.

Nos seus repletos e variadíssimos bazares, pode-se adquirir desde um apara lápis a um biombo chinês.

Há de tudo a um preço credível se temos em conta o que cobram os obreiros que põem mãos à obra.

A multinacional "Mattel" retirou mais de meio milhão de brinquedos, quer do mercado português quer do espanhol, por serem considerados perigosos.

Alguns podem ocasionar asfixia ou lesões auditivas e outros conformam-se em dar choques de diversa intensidade, mas todos são baratissimos.

Por este preço, não podemos pedir uma queimadura do segundo grau ou uma lesão ocular.

Em virtude das medidas tardiamente adoptadas contra os brinquedos de potencial perigoso, já se suicidaram dois fabricantes: o que fabricava o automóvel "Sarge" e o criador de "Dora a exploradora".

Quando eu era pequeno, a maioria dos brinquedos faziam sangue, mas estavam quietos.

Ainda não se recobriam com pinturas tóxicas e como era num tempo de carestia total, também careciam de ímanes para levar à boca.

Os motoristas dos camiões de madeira estavam sempre de perfil, olhavamo-los por onde se olhavam os soldadinhos de chumbo sem envernizar e não queríamos saber se eram fabricados com balas perdidas.

Lá vinha uma época, quando o Menino Jesus já era adulto, em que os pedagogos recomendavam que nos entretessemos com objectos naturais, para os ir apreciando e para exercitar a imaginação, contemplando um pedregulho e imaginando que é outra coisa qualquer.

A miudagem zangava-se como bobos, mas não de pedra.

O pior é a retirada da "Barbie", a boneca com mamas.

Foi afectada pelo perigo amarelo de que tanto se tem vindo a falar.

Foi substituída por bonecas de olhos boquiabertos, mas é necessário proteger os miúdos.

Com as coisas de brincar, não se brinca!


(postado no UCOMETA)