... tive por duas vezes aquela sensação de que toda a loiça dentro do meu armário, todos os meus cristais, pratos, travessas, travessinhas, frascos, frasquinhos e todas aquelas preciosidades e esperanças existentes no meu armário cairam, POR DUAS VEZES!, redondas, brilhantes e com volume bastante audível no interior e mais íntimo do meu ser! DUAS VEZES! Se o que senti fosse projectado numa parade, dava uma lindíssima explosão de cor, brilho e fantasia! É assim que eu me sinto quando a ilusão interior é destruída pelas enormidades do mundo real!!! O sorriso manteve-se e eu recompus-me, rapidamente, e, se corei, ninguém comentou!
Hoje, que já é ontem, pareceu-me um dia estupidamente longo! Olhei para o relógio vezes sem conta. Que lentidão! Por favor! E eu ali, de pé, com fome, a falar, a falar, a falar... Espero que tenha sido menos sofrido para os formandos do que para mim!!! Porque é que raios é que eu tenho de trabalhar?!? Tipo, não há por aí uma alma caridosa que me sustente os dias, os vícios e as manias?
... é um dia por natureza deprimente! Ainda pior quando me espera uma longa segunda-feira... Com quilos de conversa, e muita paciência!!!! Mas eu sou forte!
24 fevereiro 2008
A Bridget Jones é sempre uma história romântica que nos faz acreditar nas histórias de encantar e em que tudo vai correr bem, por pior que façamos. Na vida real parece que não é bem assim... Mas vale a pena deixarmo-nos encantar com as aventuras desta giraça, gordinha e desbocada, que tem os homens a seus pés!
23 fevereiro 2008
Tudo o que eu te dou Tu me dás a mim E tudo o que eu sonhei Tu serás assim (ponto final, é uma ordem!)
E eu, e tu, Perdidos e sós, Amantes distantes, Que nunca caiam as pontes entre nós.
Num dia em que chove lá fora, eu não tenho obrigatoriamente que ir trabalhar, estou na minha camita quentinha e o telemóvel toca, desesperado, ainda não eram 11 da manhã. Bolas! Depois deste telefonema percebi que não posso, de facto, viver sem os meus óculos!!! Em vez de voltar a dormir, népias, desperto e mudo-me para o sofá! Nem aí me mantenho. Estou pronta para a loucura do dia-a-dia, neste triste e chuvoso dia, vou lá pra fora, sob todas as desculpas! Cada vez acho que sou menos coerente!!
Viagem de ida: naquele dia de chuva horrível!!!! A chuva era tanta... a estrada parecia manteiga... os trovões iluminavam aquele início de dia... Bolas, eu dentro do carro, com a imensa sorte de não estar a conduzir... mas mesmo assim, muito violento.... Só pensava na minha caminha, quentinha... e sem chuva! Não gostei, tive medo. O café delicioso na área de serviço. As imagens pesadas da lisboa inundada na tv. Estadia pelas Beiras: trabalho, trabalho e mais trabalho. Dormida num quartinho quentinho, com uns lençóis muiNto quentinhos. Faltou "um bocadinho assim" para Adorar! Regresso: após algum stress até à capital de distrito, em que a motorista da viatura me contou toda a vida dela e da irmã, e estava de tal forma concentrada nisso que se esquecia de meter a quinta, cheguei ao intercidades, que liga CB a Lx. A viagem foi óptima, a paisagem é muito agradável, bonita mesmo com grande parte da viagem junto ao rio. Relaxada, vim descontraída, a trabalhar no computador, embalada pelo movimento suave do comboio.
... tristes e sós, frios, chuvosos e em que o pensamento vagueia disperso por aí, para longe, muito longe... Há situações que temos de encarar e seguir em frente. Sim, mas é impossível que não nos incomode, que não nos faça pensar. Quando os nossos amigos não estão bem, nós não estamos bem. E quando aquelas pessoas de quem gostamos mesmo, estão a braços com situações difíceis, relativamente previsíveis, mas sempre muito difíceis, e nós estamos longe e não conseguímos lá chegar, resta apenas um vazio, um desconforto, uma tristeza que magoa, resta a falha imperdoável de não estar presente...
... eu já fiz parte dos bandos que vão jantar no dia dos namorados. E recebi corações vermelhos, aliás, correcção, eu morria se não os recebesse, se bem que alguns eram bem foleiros. Hoje fiquei contente com uma mensagem que a distância originou. Nada mais. Mas se fosse mais... Só te queria aqui. E será que podes trazer-me uma rosa azul para que eu perdoe as saudades?
... dia do amor logo desde bem cedo. Será que as pessoas só se amam neste dia? Ou só neste dia têm capacidade para demonstrar o que sentem? Porque temos de oferecer corações, foleiros, vermelhos e a dizer i love you? Os restaurantes enchem como se nao houvesse amanhã, as filas são enormes, e até a pizza entregue em casa é bastante solicitada... com direito a uma hora e vinte minutos de espera. Há até quem finja estar doente para se safar ao trabalho e poder jantar descansada com a pessoa amada. Haja amor. Ou doença. Ou cobardia. Ou piroseira (é assim que se escreve?). Ou falsidade, ou ainda uma carrada de adjectivos que podem qualificar as pessoas que se queixam constantemente da sua vidinha de casadas mas depois têm de cumprir escrupulosamente todos os rituais foleiros e maníacos e pindéricos, simplesmente para manter as aparências. Isto foi um desabafo. Que tem haver com pessoas. Nada mais.
Hoje dei por mim a conduzir quase dormente, ou melhor quase dormindo, logo pela manhã! Recordei-me que me falaram nisso na semana passada e desta vez constatei por mim. Não é normal. Como é que as pessoas conseguem, mais do que aguentar o trânsito, aguentar o sono logo de manhã? Parece que fiz tudo em automático...
O meu post de hoje pode ser uma fotocópia de ontem. Sem o telefonema. Mas tudo o resto foi quase tirado a papel químico, excepto que: - tou rouca de tanto berrar com os talhantes amigos da malta que não gostam de nomes esquisitos tipo Escherichia coli, nem de lavar a "cabeça" da picadora (muitas vezes!); - ao final de um longo dia, uma anormal que deve ter ganho a carta na farinha Amparo ia-me batendo (entenda-se na minha magnífica viatura), mas eu desviei-me dado que possuo uns reflexos fantásticos; - dói-me o corpo todo como se me tivessem espancado até à inconsciência... - e como se tudo isto não bastasse tenho um relatório por fazer, que já poderia estar feito à muitos dias se eu não fosse tão loura! Serei normal?
Levantei-me cedo. Saí atrasada. Tive sorte, não apanhei muito trânsito. Estive todo o dia em pé. E sempre a falar. E sempre a falar de alimentos. O único alimento que ingeri, era quase intragável... mas lá consegui disfarçar... Doem-me os pés, as costas, os meus olhos pairam pesados sobre o monitor do computador, o som da tv parece-me insuportavelmente alto... Amanhã a dose é igual... O único momento saudável que tive, curiosamente, foi ao telemóvel, quando falei contigo...
Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive Ricardo Reis
O Chá nasceu nesse mesmo dia, após uma conversa na hora do chá, e no messenger... Et, voilá, a minha amiga Mary, muito prendada para estas tecnologias, lá se desenrascou e criou o nosso Chá! O tempo passou, e nós também! As vidinhas das pessoas... Com mais ou menos posts, mais ou menos comentários, por aqui tenho ido deixando uns bocadinhos de mim... Umas vezes tenebrosamente repetitivos, outras vezes demasiadamente absortos e outras tantas ridículos... Mas tal como o Pessoa dizia... Todas as cartas de amor são Ridículas, não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Assim são os meus pensamentos... E já passaram 2 anos, e mais um bocadinho!
Até posso defender o Céu e o Inferno ao mesmo tempo!
Defendo a ASAE porque acredito que o trabalho que prestam é necessário, útil e que só pretende trazer benefícios para o consumidor. Sim, para nós! Todos nós!!! Não estou com isto a dizer que toda a publicidade de que têm sido alvo seja a forma mais correcta de agir... Esta entidade precisava de se dar a conhecer, de mostrar que a lei é para cumprir, que os empresários não se podem esquecer que têm regras, direitos e deveres! E que o objectivo principal é proteger o consumidor. O Café Central. Qualquer terra tem um café central. Menos a minha. Está fechado. Na altura em que comia palmiers, não fazia ideia do que era a segurança alimentar. Agora, como todos nós, estou mais atenta. E apetecia-me um palmier. Daqueles. Eu acredito que podemos ter condições básicas de higiene e segurança alimentar em estabelecimentos de pequenas dimensões. Basta querer. E não cair em exageros... Chama-se a isso bom senso.
Um ataque massivo de nostalgia. Vasculhei o blog. Li algumas coisas interessantes que já por aqui escrevemos... Momentos vividos... alguns dos quais já nem me lembro bem... Cenas demasiadamente importantes para não serem comentadas, escritas, contadas e recontadas... Com tanta nostalgia, lembrei-me que no Café Central da minha terra eram fabricados uns palmier, que eu adorava... Eram fantásticos...
...em que inesperadamente me sinto exposta. Mesmo que esteja só. Mesmo que tal se deva a um ligeiro passeio cibernaútico... O sangue circula rapidamente, quente. Sinto calor. Quero controlar algo que, bolas!, nunca consigo controlar. Chega lentamente, tal como a fúria. Tal como a fúria. Mas dói mais. Dói mesmo. Descontrola. São uns segundos mas chegam a ser desconcertantes... Depois, rapidamente, recomponho-me. Volto a mim.
... de reencontro. De saudade de algo que nunca existiu mas que a esperança permite mostrar que talvez possa existir... Conversas perdidas, ideias expostas, gargalhadas sinceras, palavras nunca antes mencionadas, pensamentos, energias positivas fluiam lentamente e aproximavam-nos. Supreendemente simpático, intimista, com os ponteiros do relógio a passar, horas deliciosas ao sabor das confidências...